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Protestos contra o Sopa saem da web e ganham as ruas em NY

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Manifestantes protestam contra projetos de lei antipirataria dos Estados Unidos em frente aos escritórios Charles Schumer e Kirsten Gillibrand, em Nova York

Centenas de manifestantes saíram às ruas de Nova York nesta quarta-feira para protestar contra os projetos de lei em andamento no Congresso americano que pretendem dar um basta na pirataria online, mas opositores acusam de serem uma forma de censura na internet. O protesto aconteceu em frente aos escritórios dos senadores Charles Schumer e Kirsten Gillibran, apoiadores dos projetos.

Os manifestantes denunciaram a influência do dinheiro da indústria do entretenimento e de lobistas para que as leis fossem para a frente. "Essas leis são como um monstro em um filme de terror série Z que continua voltando e temos de colocar uma estaca em seu coração", afirmou o presidente da Internet Society de Nova York, David Solomonoff.

Os protestos ganharam as ruas no mesmo dia em que mais de 10 mil sites realizaram ações em protesto contra o Stop Online Piracy Act (Sopa) e o Protect Intellectual Property Act (Pipa). A versão em língua inglesa da Wikipédia ficou todo o dia fora do ar, enquanto o Google exibiu uma tarja preta em sua página inicial. No Brasil, sites como o do Instituto de Defesa do Consumidor, da Turma da Mônica e do músico Gilberto Gil saíram do ar em protesto aos projetos americanos.

Entenda os projetos

O Sopa de lei permitiria ao Departamento de Justiça dos EUA investigar, perseguir e desconectar qualquer pessoa ou empresa acusada de disponibilizar na rede sem permissão material sujeito a direitos autorais dentro e fora do país. A lei obrigaria aos sites de busca, provedores de domínios e empresas de publicidade americanas a bloquear os serviços de qualquer site que esteja sob investigação do Departamento de Justiça por ter publicado material violando os direitos de propriedade intelectual. Estes provedores, que estão todos nos EUA, teriam que cumprir os pedidos do Departamento de Justiça para evitar serem eles os afetados pela regulação.

Além do Sopa, corre no Senado americano um projeto semelhante, o Protect Intellectual Property Act (Pipa). Os projetos propõem penas de até cinco anos de cadeia para pessoas condenadas por compartilhar material pirateado dez ou mais vezes ao longo de seis meses. As propostas também preveem punições para sites acusados de "permitir ou facilitar" a pirataria. Estes podem ser fechados e banidos de provedores de internet, sistemas de pagamento e anunciantes, em nível internacional. Em tese, um site pode ser fechado apenas por manter laços com algum outro site suspeito de pirataria.

Com informações da Reuters

Fonte: Terra

POR FAVOR AJUDEM-NOS CONTRA ESTA LEI !!!
 
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Manifestantes protestam contra projetos de lei antipirataria dos Estados Unidos em frente aos escritórios Charles Schumer e Kirsten Gillibrand, em Nova York
 

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Fundador do Megaupload, Kim Schmitz, é escoltado por um policial em um distrito judicial em Auckland, na Nova Zelândia

Foto: TV3/AFP

O fundador da Megaupload, Kim Schmitz, conhecido também como Dotcom, acusado pelos Estados Unidos de dirigir o maior portal de pirataria na internet, é descrito como um milionário extravagante. Schmitz, alemão de nascimento e que há um ano tem premissão de residência na Nova Zelândia, onde está preso, é conhecido como Kim Dotcom, Kimble ou Kim Jim Vestor, seus apelidos preferidos.

Com 37 anos, Kim Dotcom é incluído pela imprensa local no grupo de dez pessoas mais ricas da Nova Zelândia e considerado apaixonado por carros de luxo, mulheres e mansões. Esse entusiasmo pelas casas suntuosas incentivou o empreendedor Dotcom a tentar adquirir sem sucesso e por US$ 25 milhões, a casa de Coatesville que no fim acabou alugando para se ressarcir da desilusão que sofreu ao não poder comprá-la por causa dos impedimentos impostos pela Administração neozelandesa.

Pouco propenso a se relacionar com estranhos, Dotcom costumava sair pouco de sua mansão dos arredores de Auckland e quando fazia era com escolta e em algum dos luxuosos automóveis que coleciona, desde um Rolls Royce conversível a um Cadillac de 1950 rosa.

Apesar da decepção, Dotcom investiu cerca de US$ 8 milhões na aquisição de bônus do Tesouro, e segundo a imprensa, doou uma quantidade indeterminada de dinheiro para ajudar aos afetados pelo terremoto que atingiu Christchurch em fevereiro de 2011.

O fundador da Megaupload, Megavideo e Megalive, filiais de seu grupo Megaworld com sede em Hong Kong, gosta de se rodear em suas aparições públicas por belas modelos contratadas e jogar golfe nos campos da Nova Zelândia, país que para ele é "um raro paraíso na Terra".

Em 2001, gastou US$ 375 mil na compra de ações do portal de vendas na internet LetsBuyIt, quando ele se encontrava à beira da quebra. Após anunciar um investimento de US$ 50 milhões, que não fez, o preço das participações subiu e ao vendê-las ele embolsou por elas US$ 1,5 milhão.

Ele foi preso na Tailândia pelo negócio fraudulento, deportado à Alemanha e condenado a 20 meses de prisão e uma multa de 100 mil euros (US$ 129 mil). Dotcom, que teve sua prisão preventiva decretada por um tribunal de Auckland apesar de sustentar que não tem "nada a esconder", pode enfrentar uma pena de até 55 anos de prisão caso seja deportado aos Estados Unidos e declarado culpado pelos delitos que as autoridades do país lhe acusam.

Para a Justiça da Nova Zelândia este não é o primeiro caso de pirataria na internet em grande escala, já que, em 2008, julgou Owen Thor Walker, um jovem "hacker" que foi acusado de ajudar uma rede delitiva a se infiltrar em 1,3 milhões de computadores de várias partes do mundo.

Walker, que então tinha 18 anos e sofria a síndrome de Asperger, uma forma leve de autismo, se declarou culpado de desenvolver o vírus com o qual a rede roubou cerca de US$ 20 milhões de contas bancárias, mas o tribunal retirou as acusações e ele foi posto em liberdade.

Entenda o caso

As autoridades dos EUA, incluindo o FBI (polícia federal americana) tiraram o Megaupload do ar e outros 18 sites afiliados no dia 19 de fevereiro por considerar que o site faz parte de "uma organização delitiva responsável por uma enorme rede de pirataria virtual mundial" que causou mais de US$ 500 milhões em perdas ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de companhias. As autoridades norte-americanas consideram que por meio do Megaupload, que conta com 150 milhões de usuários registrados, e de outras páginas associadas ingressaram cerca de US$ 175 milhões.

Megaupload Ltd., e outra empresa vinculada ao caso, a Vestor Ltd, foram indiciadas pela câmara de acusações do estado da Virgínia (leste) por violação aos direitos autorais e também por tentativas de extorsão e lavagem de dinheiro, infrações penalizadas com 20 anos de prisão. Embora tenham participado da operação, as autoridades da Nova Zelândia não devem apresentar acusações formais contra o Megaupload, apesar de considerar que a empresa também infringiu as leis sobre propriedade intelectual deste país.

Em resposta ao fechamento do Megaupload, o grupo de hackers Anonymous bloqueou temporariamente o site do Departamento de Justiça e o da produtora Universal Music, entre outros na noite de 19 de fevereiro. De acordo com os hackers, foi o maior ataque já promovido pelo grupo, com mais de 5 mil pessoas ajudando.

O anúncio do fechamento do Megaupload ocorreu em meio a uma polêmica nos Estados Unidos sobre uma proposta de lei antipirataria, o Sopa, que corre na Câmara dos Representante, e o Pipa, que é debatido no Senado, contra as quais se manifestou, entre muitos outros, o site Wikipédia, interrompendo seu acesso no dia 18 de fevereiro e o Google mascarando seu logo. O protesto foi chamado de apagão ou blecaute pelos manifestantes.

MAIS TARDE ORGANIZO O TÓPICO MALZ !!
 
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ASSISTAM AO VIDEO ..

Entenda o SOPA e o PIPA

Projetos de lei atualmente no Congresso americano pretendem combater pirataria na internet




Nesta quarta-feira (18/01), mais de dez mil sites
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contra dois projetos de lei atualmente em discussão nos Estados Unidos. Segundo seus autores, o SOPA (Stop Online Piracy Act) e o PIPA (Protect IP Act) foram criados para combater sites que distribuem ou vendem produtos piratas na internet e violam direitos de propriedade intelectual. Mas opositores dos projetos afirmam que eles podem criar um mecanismo de censura na internet e prejudicar a inovação e a colaboração em rede. A seguir, o iG explica os principais pontos dos projetos.

O que é o SOPA?

O SOPA (Stop Online Piracy Act) é um projeto de lei atualmente em discussão no Congresso dos Estados Unidos. Criado pelo deputado republicano Lamar Smith, o projeto prevê medidas mais duras para evitar o acesso de internautas daquele país a conteúdo pirata na internet.

O projeto foi criado em outubro de 2011, mas começou a ser discutido em dezembro do ano passado. Ele entrará novamente em debate no Congresso dos Estados Unidos em fevereiro.

Quais os principais alvos do SOPA?

O SOPA pretende impedir o acesso de americanos a sites de compartilhamento ilegal de vídeos e músicas, além de sites que vendem produtos falsificados, como remédios, calçados e roupas. Sites que comercializam armas e drogas também estão na mira da nova lei.

Em sua maioria, estes sites são hospedados em países com fraca vigilância sobre pirataria de conteúdo, muitos deles no leste europeu. Como estão fora dos Estados Unidos, na prática esses sites ficam imunes a possíveis processos movidos na Justiça daquele país.

Segundo o deputado Lamar Smith, um dos objetivos da lei é evitar o desemprego de milhares de americanos, já que muitas empresas têm seus negócios prejudicados pela pirataria.

Quais as medidas previstas no SOPA?

Em vez de tentar retirar os sites do ar, o SOPA quer que os provedores americanos bloqueiem o acesso de seus clientes a sites considerados impróprios. Os sites continuariam no ar, mas seria impossível acessá-los a partir dos Estados Unidos.

Além disso, o SOPA prevê que empresas americanas cortem qualquer tipo de vínculo com sites considerados impróprios. O PayPal, por exemplo, seria proibido de repassar pagamentos a um site bloqueado. Twitter e Facebook teriam que fechar contas relacionadas aos sites. Redes de publicidade teriam que eliminar seus banners. O Google teria que remover sites bloqueados de suas buscas.

Dessa forma, além de impedir acesso a sites considerados impróprios, o SOPA cortaria suas fontes de renda. O SOPA também proibiria o uso de ferramentas e programas destinados a "furar" o bloqueio.

A ordem para bloquear sites seria obtida a partir de um pedido do Procurador Geral dos Estados Unidos. O pedido teria que ser aprovado por um juiz para que a ordem entrasse em vigor.

Quem é a favor do SOPA?

Entidades como a MPAA, que representa os grandes estúdios de Hollywood, e RIAA, que reúne grandes gravadoras, são a favor do SOPA. Esse grupo também inclui empresas de roupas e calçados, como Nike e Adidas, editoras de livros (Penguin, McGraw-Hill, Pearson) e a indústria do tabaco (Philip Morris) Essas entidades argumentam que medidas mais drásticas são necessárias para combater a pirataria nos Estados Unidos, já que muitos sites com conteúdo ilegal atualmente estão fora do alcance da lei, por estarem hospedados em outros países.

Quem é contra o SOPA?

Empresas de tecnologia e internet, como Microsoft, Twitter, Google, Yahoo!, AOL e Facebook, são contra o SOPA. De modo geral, essas empresas afirmam que o SOPA criaria uma censura na internet, ao classificar determinados sites como próprios ou impróprios para os internautas. Esse tipo de legislação, segundo essas empresas, poderia ainda prejudicar a inovação e a colaboração em novos projetos e iniciativas, uma das maiores virtudes da internet.

Além disso, essas empresas argumentam que, em muitos casos, é difícil determinar se um tipo de conteúdo é ilegal ou não. Um exemplo disso seria um vídeo amador montado a partir de curtos fragmentos de filmes. Assim, segundo os opositores da lei, seria muito fácil bloquear injustamente um site.

Na semana passada, a Casa Branca também emitiu um comunicado dizendo que não aprova a SOPA em sua atual versão.

O SOPA vale fora dos Estados Unidos?

Não, mas a nova lei pode ter consequências globais. Além de perder os visitantes dos Estados Unidos, os sites perderiam suas fontes de receita provenientes de serviços americanos (PayPal, redes de publicidade). Com isso, alguns sites poderiam ser obrigados a fechar devido a falta de recursos.

O que é o PIPA?

O PIPA (Protect Intellectual Property Act) é um projeto de lei conceitualmente parecido com o SOPA, também em discussão nos Estados Unidos. Ele é mais focado na distribuição de conteúdo digital e menos focado na venda de produtos físicos piratas. O PIPA também prevê que provedores dos Estados Unidos devem bloquear a sites considerados impróprios e que empresas americanas devem cortar qualque tipo de vínculo com esses sites.
 
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